A última coisa da Déborah
A Déh nunca teve sorte com assuntos relacionados ao coração e isso já não é nenhuma novidade pra nós.
Ela se apaixonou pelo Murilo e não foi rápido nem fácil esse começo. Tinha sérias duvidas sobre o que sentia por ele e a verdade é que o enrolou muito.
Apesar de ter consciência disso ela achava que se ele realmente a amasse esperaria por sua certeza. Doce ilusão.
A história deles chegou ao fim e o ponto final foi escrito pelo Murilo. Ele se meteu no meu conto, conto deles que eu criei, e o acabou por nós duas.
Depois disso fiquei sabendo que ele roubou a Rapunzel e quase foi preso por seqüestro, mas foi liberado falando que fui eu quem escreveu isso. Mentira. Ele agora segue seu caminho só.
Ele se livrou de nós duas. E cá estou eu tentando me livrar da grande parte que é a Déborah em mim e do resto das coisas do Murilo, alguns vinis esquecidos junto com os CDs da Déh.
Antes de finalmente acabar, queria avisar que a Déh resolveu viver em uma caverna dentro de mim que é cheia de gnomos e pedaços de coisas vividas por mim. Caverna essa obscura e macabra que recebe apenas alguns feixes de luz. Ela me pediu a chave para trancá-lo pra sempre. Eu neguei. Meu coração vai ser sua morada pra que eu não esqueça essa história, mas lá ela é apenas inquilina.
Eis o fim. Novo começo?
"♫São só dois lados
Da mesma viagem
O trem que chega
É o mesmo trem da partida
A hora do encontro
É também de despedida
A plataforma dessa estação
É a vida desse meu lugar
É a vida desse meu lugar
É a vida♫"
Ps: A história está faltando o meio porque Igor Mendes rasgou. Agradeçam a ele a total desconexão existente entre esse texto e os outros.
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