E o sono de Mariana sempre chegava antes do fim da história – A menina andava na beira da praia recolhendo espelhos partidos, conchas amarelas e estrelas de cinco pontas.
Chamava-se Ana, a menina de cândida doçura. As ondas induziam cavalos-marinhos a fazerem cócegas nos seus pés. A maré mudava de acordo com o relógio biológico dela. E os pescadores das redondezas costumavam consultar o horóscopo da menina antes de conduzir suas embarcações. Corria a boca pequena que a paixão do Mar por Ana sincronizava o ritmo e o som das águas. Era realmente um atrevimento, um despautério aquele caso de amor. Ninguém concordava ou achava possível que aquilo pudesse ter um final feliz. Num dia de sol e chuva, a menina subiu na pedra mais alta, tirou o relógio e mergulhou nos braços azuis do seu amado. E o encontro de Ana e Mar foi como sal e doce se sobrepondo na mais inesperada combinação – E o sono de Mariana sempre chegava antes do fim, na melhor parte da história que sua mãe insistia em lhe contar todas as noites…
2 comentários:
Em homenagem a índia, que ama o TM.
Chorei pela homenagem, gosto muito de você Mariana Conta 1 *-*
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