sábado, 1 de janeiro de 2011

O primeiro conto de 2011

Postado por Mariana às 18:02
                                          Sabe quando uma coisa começa errado? Débora achava que aquela virada de ano não ia dar em nada. Sua família quase desistiu de ir à praia e ela teve que ir buscar sua amiga em casa pra que ela fosse junto. Mas já na saída de casa ela sentiu que as coisas iam mudar. 
                                              Chegou na praia na tinha um show de um cara que ela não conhecia, mas me contou que até aprendeu algumas músicas tipo: "Eu digo e ela não acredita, ela é bonita demais" ou " Se você vier, pro que der e vier comigo...". E até dançou algumas músicas com ritmo de cantiga de ninar. Até a meia noite não tinha encontrado ninguém, estava apenas com as pessoas que haviam ido com ela, mas estava feliz
                                               Quando 2011 finalmente começou, ela tipo correu pro mar. Passou por uma pequena multidão e começou a pular as sete ondas, mas não fez nenhum desejo. Um grupo de pessoas desconhecidas começou a contar seus pulos. Ela riu. De repente um grupo de crianças se aproximou e uma menina a abraçou, parecia um encontro entre um fã clube e uma apresentadora de programa infantil. Foram momentos estranhos e fizeram de algum modo a Débora feliz. 
                                                   De repente ela para e olha o mar que estava sendo iluminado por uma chuva de cores. A linha do horizonte fez com que ela lembra-se de alguém mas ela não sabia dizer ao certo quem. Nessa hora começa a tocar um sertanejo meio brega: "Vai se entregar pra mim, como a primeira vez...". Débora riu, aquele riso que não se sabe ao certo de onde aparece, que enfeita seu rosto emoldurado de cachos. O riso que expressa sua essência ou o que ela sente. O riso da Débora nunca esconde o que ela deveras sente.
                                                     Começou o segundo show da noite, apesar dela não curtir muito axé, começou a cantar e dançar como se fosse tiete. Foi quando a cantora cantou assim: "Quem ainda sou uma garotinha...", era rock, Débora pulou como se nada mais fosse acontecer no resto da vida dela. Se existe uma música que define aquele momento é: "O mundo vai acabar, e ela só quer dançar...". A Débora definitivamente curtiu a noite.
                                                       Já no finalzinho do show a cantora puxa: " A fila andou eu te falei, não deu valor quando eu te amei, agora chora, já me perdeu, boa sorte, vá embora...", ela riu dessa vez um sorriso macabro e cantou como se estivesse vendo o Ìcaro na sua frente. Ela finalmente percebeu que nunca tinha precisado dele, que nunca tinha se quer o amado. E de repente se lembrou do Murilo, e do porque havia sorrido frente ao mar, e do porque estava feliz. Naquele momento ela se prometeu não sofrer mais por ninguém, prometeu entregar o seu amor a quem a amava, prometeu a chance a Murilo.Ele ainda não sabe mas é a escolha dela pro futuro.
                                                        Ela foi pra casa com um sentimento de pura alegria. De ter realmente dado adeus ao passado. De ter aberto as portas pro presente. Espero que ainda dê tempo pra eles, o Murilo merece a Débora que merece o Murilo. .

2 comentários:

Dennison Vasconcelos disse...

tu escrevbe bem , porque não faz cronicas pro blog? bjos, quero conhecer vc um dia :*

Mariana disse...

Oun Obrigada!!! Vou pensar nas crônicas... Quanto a me conhecer? No dia que você quiser ( e eu puder) Beijos!!!

Postar um comentário

Achou o quê? Me conta?

 

Mariana Diniz Template by Ipietoon Blogger Template | Gadget Review