Estava pensando no que falar sobre o dia das mães. No que falar para essas pessoas que disseram sim para nossa vida. Desse amor tão forte e incondicional, quando de repente me imaginei mãe.
Eu consegui me ver daqui a alguns anos, caminhando na rua com uma menininha morena, de cabelos cacheados, com um sorriso encantador, filha do amor da minha vida, do meu primeiro namorado sério, meu noivo, meu marido. Ela era linda.
Caminhávamos na calçadinha até quando ela virou e me perguntou:
_Mamãe, por que aquele menino ali tá dormindo no chão?
Nessa hora do pensamento eu chorei de me imaginar falando isso, mas tinha de responder:
_Filha, ele é a prova de que eu não consegui.
Eu senti o que muitas mães sentem. Elas desistem de seus sonhos por um amor irracionalmente perfeito, de entregar coração, vida, corpo e alma. De perder seus sonhos em prol de uma coisinha pequena e frágil.
Mas é por esse amor que sinto por ela/ele que está por vir (em um dia muito distante) que eu prometo: eu vou seguir meus sonhos para poder no mínimo dizer que eu tentei.
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